Além da exposição, o evento conta com apoio do Sebrae e o lançamento de uma bolsa de incentivo para estudantes e professores-monitores

Adryan Gomes, de 11 anos, morador de Glória do Goitá e no Transtorno do Espectro Autista (TEA), sempre demonstrou interesse pelo universo da tecnologia. Esse sonho começou a ganhar forma com a implantação experimental das aulas de robótica na rede municipal de ensino. “Gostei muito porque sempre tive vontade de criar robôs”, contou, entusiasmado.
Nesta sexta-feira (12/12), o município promove a 1ª Feira de Educação e Tecnologia – Educatech, que reunirá 30 projetos desenvolvidos por alunos da rede municipal, incluindo estudantes da zona rural e do distrito de Apoti. A programação também incluirá as Arenas Drone e a arena realidade virtual, onde os alunos poderão manusear os dispositivos.
Entre os destaques, está um pequeno robô, onde Adryan Gomes participou de sua confecção. O protótipo encantou colegas e professores, tornando-se a mascote oficial da feira. As aulas de robótica começaram na Escola Municipal Joaquim Coutinho e, segundo a gestão municipal, serão estendidas para outras unidades de ensino da cidade.
“Nós estamos muito orgulhosos de iniciar esse trabalho e já realizarmos a primeira Educatech. Acreditamos que, por meio do conhecimento e do incentivo à tecnologia, podemos fomentar sonhos e desenvolver ainda mais a capacidade de aprendizado dos nossos alunos. A Educatech vem para fortalecer esse compromisso”, destacou o prefeito de Glória do Goitá, Jaime Lima.
Bolsa de Incentivo – Com o objetivo de inserir a programação no currículo escolar desde a educação infantil, a Educatech contará com palestra sobre a importância dos games na educação e o lançamento de uma bolsa de incentivo destinada a estudantes e professores-monitores. O evento conta com a parceria do Sebrae, que apoia a iniciativa como estratégia para fortalecer a inovação e o empreendedorismo entre os jovens do município.
Dados – Segundo pesquisa publicada em junho de 2024 por Qin Yang et al., no repositório arXiv, o uso de robô humanoide em sala de aula para estudantes com Transtorno do Espectro Autista demonstrou benefícios como aumento de foco, engajamento e redução de comportamentos repetitivos. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), junto à UNESCO e UNICEF, defende a inclusão de habilidades digitais e tecnológicas no currículo escolar, ressaltando que essas ferramentas podem fortalecer a aprendizagem, ampliar oportunidades e reduzir desigualdades educacionais